Sempre que é necessário calcular o montante final de financiamentos ou dívidas de banco, é preciso saber a diferença entre juros simples e compostos. Isso porque, a maior parte das Financeiras utiliza taxas compostas para emprestar ou financiar bens aos seus clientes.
O fato é que o cálculo desse tipo de juros é um pouco mais complexo. Entretanto, ele pode ser realizado tranquilamente, desde que o cliente saiba a taxa que será aplicada sobre sua dívida, empréstimo ou financiamento.
Apesar de parecer um conceito muito técnico, compreender sobre juros é fundamental para sua vida financeira. Sendo assim, preparamos um artigo a fim de apresentar as diferenças entre cada um deles.
Diferença entre juros simples e compostos
A grosso modo, juros compostos são os famosos “juros em cima de juros”. As taxas de juros simples são bastante fáceis de calcular. Mas o mesmo não acontece com juros compostos.
Quando tratamos de juros simples, aplica-se o percentual somente sobre o valor inicial da dívida. Por exemplo, um empréstimo de mil reais à taxa de juros simples de 1% ao mês gera um juro de dez reais.
Para calcular os juros simples basta ter uma calculadora comum em mãos. Digite o valor da dívida, no caso, mil reais, e multiplique pela taxa em porcentagem. Assim, mil reais vezes 1% ao mês gera somente juros de dez reais todos os meses.
Utilizando juros simples, as taxas não aumentam conforme as parcelas vão sendo geradas e cobradas. Mas o mesmo não ocorre com juros compostos.
Desvendando os juros compostos
Já os juros compostos não são cobrados sobre o montante inicial, mas sobre as parcelas que se acumularam anteriormente. Assim, para calcular os juros compostos de uma dívida precisamos somar o valor inicial da dívida, mais os juros dos meses anteriores, mais os juros do mês atual.
Isso serve tanto para dívidas quanto para rendimentos. No caso de rendimentos, o cálculo de taxas compostas é muito mais vantajoso para o investidor.
Apesar de ser possível calcular juros compostos manualmente, utilizar um aplicativo ou calculadora financeira facilita bastante o processo e evita erros.
Isso porque os juros compostos utilizam um sistema matemático chamado exponencial. Exponencial é uma forma de cálculo que utiliza potência.
A fórmula para cálculo dos juros compostos é a seguinte: valor principal multiplicado por (1 + taxa de juros). Esse cálculo deve ser elevado à potência relativa à quantidade de parcelas.
Assim, quanto mais parcelas, mais altos são os juros. Esse cálculo explica porque muitas vezes é vantajoso optar por menos parcelas em empréstimos e financiamentos.
Como tornar os juros compostos aliados de suas finanças?
É muito difícil escapar completamente às taxas de juros compostos. Praticamente todos os investimentos, dívidas e financiamentos utilizam essa forma de cálculo, que é muito mais vantajosa para as Instituições.
No entanto, precisamos lembrar que a diferença entre juros simples e compostos é exatamente a forma de calcular. Como os juros compostos são juros em cima dos juros anteriores, os investimentos são também muito mais vantajosos.
Quem deseja investir dinheiro, mesmo que não conheça tanto do mercado financeiro, certamente fará melhor negócio optando por um tipo de investimento que trabalhe com juros compostos.
Entre os mais conhecidos, podemos citar:
Ações
O mercado de ações é um dos mais conhecidos, mesmo por quem é leigo em investimentos. Todas as vezes em que se investe dinheiro na bolsa de valores, por menor que seja o valor, calcula-se seu lucro ou prejuízo sempre em taxas de juros compostos.
LCA
As LCAs são as Letras de Crédito do Agronegócio. Basicamente, trata-se de emprestar dinheiro para investimento na agricultura e pecuária brasileira e receber com juros compostos ao final do tempo contratado.
Os riscos deste tipo de investimento são muito baixos. O ideal é contratar por tempo determinado e com taxas de juros preestabelecidas
CDB
O Certificado de Depósito Bancário, chamado CDB, é também um tipo de investimento ideal para quem já sabe a diferença entre juros simples e compostos.
São, na verdade, títulos emitidos por bancos para arrecadar fundos. Os investidores recebem o montante calculado com juros compostos ao fim do contrato.
A rentabilidade chega ao dobro do valor da poupança e os riscos são muito baixos. O ideal é sempre investir em Instituições sólidas.
Sabendo a diferença entre juros simples e compostos se torna muito mais fácil gerir as finanças e optar pelos melhores investimentos!